domingo, 27 de fevereiro de 2011

A viagem de João - Odisséia Parte 4

Vamos lá! Todos a bordo? Capitão, podemos partir! Assim começou o passeio do barco Bardot. Hora de, assim como as aeromoças fazem, os marinheiros simularem como usar os equipamentos de segurança. Ali conheci Rômulo, um marinheirinho muito engraçado que na hora de simular vestir o colete salva-vidas até a reza ele fazia. Hora de relaxar. Já sem tênis e bem a vontade fui observando a paisagem. Praia dos ossos, do canto, gruta dos amores, praia dos amores, navio da concorrência, tudo muito bom e belo. Até que cola do meu lado uma criatura vinda do além: “Eu também trabalho na xx (agência)! Você é novo lá? É, nunca te vi. Primeira vez em Búzios?” depois de me interrogar e eu responder com acenos de cabeça ela começou com as histórias. “Aquela ali é a casa de veraneio do Roberto Carlos, mas é segredo, pois ele gosta de privacidade. Aquela pedra é onde a Brigitte Bardot fazia top less.” Eu comecei a viajar nos meus pensamentos, pra variar. Aí fiquei me perguntando: por quê as pessoas quando não tem o que falar inventam coisas absurdas? Não é tão mais fácil ficar calado? Daí pra mudar um pouco o rumo fui perguntando coisas que poderiam tornar o papo interessante. Dentre minhas perguntas ela deixou vazar uma informação bem útil pra quem quer viajar e está quebrado: dia 22 de março sai um cruzeiro, da CVC, do Rio de Janeiro com destino a recife por apenas mil reais. Venhamos e convenhamos, são 8 noites e mais passagem de volta. Pra quem quiser, fica a dica. Mas fora isso, nada de interessante pra vocês. Conversa acabou e fui ajudar a tripulação. Içar os banhistas pra dentro do barco, ajudar a colocar e retirar escadas, recolher “macarrões”, zuar. Podem até pensar que é chato, mas é bem engraçado. Principalmente conversar em espanhol sem saber falar o dos bolivianos. Me divirti. Mas como isso começou é uma história a parte.
Terminado o passeio fomos almoçar. O churrasqueiro estava de mal humor, só faltava enfiar o espeto nos turistas que nada entendiam em português. Os garçons, felizmente, eram bem simpáticos e atenciosos e por fim deu tudo certo. Como eu já estava no comando mesmo, marquei com o grupo de nos encontrarmos 16:30. Repeti 4 vezes e apontei mais umas vinte o local de encontro. Ótimo, eu ia poder me esconder por 40 minutos. Feito, andei pela Rua das Pedras e na Orla Bardot esbarrando algumas vezes com meus turistas. Às 16:30 em ponto estava eu com o grupo no local marcado. Roberto inclusive, mas faltavam dois. Dois ninjas renegados ou, pior, turistas perdidos. Roberto, dá uma olhada na orla pois os vi lá. Lá foi ele.. voltou 16:55. Nada. Os turistas tomaram chá de sumiço. E quem começava a precisar de chá era eu, de camomila.

Pode rir, desgraça alheia pouca é bobagem
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